Tricotilomania, mais de 700 curados

Tricotilomania é um transtorno mental que consiste no comportamento sistemático de puxar os próprios fios ou pelos do corpo, seja do couro cabeludo, sobrancelha, cílios, braços, pernas ou púbis. Os mais comuns são os da região da cabeça e do púbis.

A maioria das pessoas que sofrem de tricotilomania passam por algumas situações em comum. Primeiro tentam parar sozinhas e não conseguem; depois procuram a ajuda de psicólogos, psiquiatras e hipnólogos, fazem anos de tratamento, consomem toneladas de remédio e catarse sem nenhuma solução; entram para grupos de whatsapp que só reforçam e alimentam a doença; acessam Google e Youtube onde leem e assistem dezenas de relatos de fracassos de tratamento ou desinformações como “não tem cura”, “é impossível parar” ou “a causa é ansiedade”, e agravam ainda mais a doença após fixarem inúmeras crenças nocivas.

Vamos então desmentir algumas fake-news. Para começar, a ansiedade não é causa, atua mais como efeito da doença devido a desregulação da balança dopamínica ao gerar o revés da produção estimulada deste neurotransmissor. Ou seja, cria-se um ciclo repetitivo de sobe e desce. Afirmar que a ansiedade é a causa da tricotilomania é confissão de desconhecimento do cérebro humano e dos fundamentos basais das áreas envolvidas nas modulagens neurais voltadas para a homeostase. É ignorar o fundamento da neuroadaptação por tolerância, das variáveis sensoriais na geração de vontades e estímulos, além de legitimar comportamentos nocivos e empoderar circunstâncias. Por fim, é cultivar a fragilização do indivíduo e torná-lo escravo de si mesmo. Se o profissional não sabe a causa –  99% não sabe mas afirma saber – deveria confessar não saber. O melhor parâmetro é saber quantas pessoas ‘você assistiu dizer’ que foram curadas por aquele profissional. Outro ponto: se ele disser que a causa é a ansiedade, esqueça. Virou moda criar rótulo de “ansioso” para todo mundo e receitar polifármacos sem orientar as mudanças necessárias para melhor qualidade de vida. A indústria farmacêutica agradece.

Não gosto do termo “cura” pois está associado a curandeirismo, apesar de seu uso coloquial. Mas afirmar não ter cura (tratamento) é um clichê hereditário do pensamento acadêmico que se nega a sair da caixa, assim como da preguiça de estudar, se esforçar, pesquisar e raciocinar. Para assegurar não haver tratamento eficaz a OMS teria que avaliar todos os tratamentos do planeta e ponderar metodologias e resultados. Ela fez isso? Não. Pois saiba que em quase 10 anos de atuação contra a tricotilomania/tricofagia já tratamos 720 pessoas do Brasil e de outros países e livramos 700 da doença. Em nosso canal do Youtube temos vários depoimentos em vídeo de pessoas que tratamos por todo o Brasil. A vergonha de confessar que tiveram a doença impediu que muitos outros também gravassem. Como então alguém pode afiançar não haver cura se já somamos quase mil pessoas curadas? Pense comigo: quem se beneficia com a ideia de que é necessário viver de medicações e décadas de terapia? Muitos trataram conosco há 5, 7, 9 anos atrás e a maioria nem lembra que um dia teve a doença. Um registro se faz necessário: é verdade que não conheço outro profissional no mundo que tenha curado uma única pessoa, muito menos que tenha tantos depoimentos espontâneos em vídeo. Por outro lado, nós já recebemos pedidos de brasileiros na França, Espanha, Portugal, Reino Unido, Chile, Argentina, Japão, EUA, Líbano e outros países, que assistiram os vários depoimentos de pacientes que tratamos com sucesso.

Trabalhamos incansavelmente todos esses anos com honestidade tendo como princípio o uso de uma profunda e moderna base científica e empírica. Os números e os vários relatos gravados com nome e sobrenome são as maiores credenciais da eficácia, assim como a empatia com cada paciente. Nossos resultados falam por si. Por isso não podemos ser confundidos com os demais métodos que não saem do lugar. Não estaríamos aqui há tantos anos com dedicação, estudo e respeito pelo ser humano se os resultados fossem diferentes. A propósito, não utilizamos medicação, hipnose, psicoterapia, reversão de hábito ou catarse porque sabemos que não funcionam para o transtorno. Nossa técnica é neurocientífica, única, estratégica e utiliza ferramentas cognitivas, exercícios e atividades que repadrozinam o cérebro e o ensina a viver sem a doença. Criamos com muito esforço e dedicação um protocolo eficaz, uma tábua de salvação, a esperança que faltava. Minha parte foi feita. Agora é com você.

Rodrigo Batalha é neurocientista e consultor – Saiba mais AQUI